Depressão pós-parto

História da Irene

O nascimento do bebê é um acontecimento para ser festejado pela mamãe e pela família, é tempo de fazer muitos planos. Mas, algumas semanas depois, a euforia da chegada do pequeno dá lugar à tristeza, depressão, sensação de vazio e angústia. Pode parecer estranho, mas é o que acontece com muitas mulheres depois de darem à luz. É a chamada depressão pós-parto.

O QUE É DEPRESSÃO PÓS-PARTO?
A depressão pós-parto tem as mesmas características de uma depressão normal, ou seja, a mulher sente uma tristeza profunda, de caráter prolongado e que provoca a perda de autoestima e de motivação. As tarefas da nova rotina de cuidados com o bebê exigem da mãe um grande esforço, ela não sente motivação para sequer dar banho, trocar as fraldas ou amamentar o recém-nascido.
Existem fatores físicos e emocionais que influenciam no surgimento desse problema. Durante a gravidez, a mulher passa por um período de grande alteração hormonal, que faz com que ela tenha necessidades diferentes. Quando o bebê nasce, ocorre uma queda brusca nessa produção hormonal, provocando uma sensação física de falta de energia e de ânimo.
O fator emocional para o surgimento da depressão pós-parto se deve ao fato de toda a preparação e das sensações positivas trazidas pela gravidez. Com a chegada do bebê, essas sensações passam e a mãe sente um vazio dentro dela.
No período pós-parto inicial é comum que a mulher passe por um quadro de depressão leve, que não traz maiores conseqüências. Essa nova condição hormonal e também física pode provocar uma leve tristeza na mulher entre o segundo e quarto dia após o parto e que pode durar no máximo seis semanas, período em que normalmente a mulher se adapta ao novo papel de mãe.

COMO TRATAR A DEPRESSÃO PÓS-PARTO? 
Quando essa sensação de apatia e desânimo se prolonga até o sexto mês após o nascimento do bebê, o tratamento para depressão pós-parto necessita ser feito com medicamentos e acompanhamento psiquiátrico. Os sintomas da depressão pós-parto podem se manifestar em diferentes níveis de gravidade. As três formas mais comuns da doença são a depressão imediata, depressão tardia e depressão psicótica. A depressão pós-parto imediata é leve, dura até três meses e pode ser curada com terapia. É o período em que a mulher se sente deslocada enquanto todos dão maior atenção ao bebê.
Já na depressão pós-parto tardia, a mulher começa a ter pensamentos depressivos durante a gravidez, extrema ansiedade e medo exagerado de não saber cuidar do bebê. Depois do nascimento, a mulher passa a não querer ver a criança, não suporta o choro. Em casos mais sérios, acredita que a melhor saída é eliminar a criança. O tratamento nesses casos é feito com remédios e terapia.
A depressão pós-parto psicótica é a mais grave e a mais rara, atinge 1% das mulheres. Exige internação em clínica, tratamento com remédios e terapia, já que a mulher pode matar não só o recém-nascido, mas todos os filhos.
Além do tratamento com especialistas, a atenção e o apoio da família são muito importantes para que a mulher consiga superar este momento tão delicado.

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